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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Homem-Peixe

Metade monstro, metade esquisito
Pareço igual aos outros
E, por isso, duvidam que existo.

Piso calçadas mundanas
Antes pisadas por outros
Mas importa a alma,
E essa foge ao meu controlo

Metade esquisito
Que todos conhecem
Metade monstro
Que ninguém queira conhecer.

Não mudo por fora,
Mudo por dentro
Depois da hora,
Parto á procura.

De formas estranhas,
Escondo o Sol, mostro a Lua.
Solto gargalhadas guturais,
Desperto o medo em cada um.

Corro e voo, sem me deixar ver
Sussurro um arrepio de morte
Vossa sorte, eu não vos conhecer,
Não bater à vossa porta.

Roubo vidas e almas,
Aquelas que eu quero.
Deixo demência e ilusões,
Levo povos ao desespero.

Haja quem me leve, um dia,
Este fado que me persegue.
Vivo a metade de duas vidas,
Não vivo nenhuma por completo