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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Morres em silêncio

Alimentam o corpo,
A alma e as vontades.
Juntam-se a outros
Com as mesmas qualidades.
Repetem e, habilmente,
Ensinam a repetir.

Será vaidade?

Do princípio ao fim,
Sempre firmes,
Sempre convictos
De que os seus filhos
Não são melhores
Nem diferentes
De si mesmos.

É engano!

Somos monstros!
Horríveis exemplos
Desta mudança,
Nem a nós nos reconhecemos.
Perdidos, lutamos por causas.
Por causa do nosso liberal divagar
Encarcerado em mentira e preconceito
E no final, como todos...

...Morremos em silêncio.

Predisposição

Penso
E perco-me,
Por ti.
Tu, que me confundes
E eu a mim,
E aos dois
Que no final acabamos só...

Penso
Em como me redimir;
A ti, a mim
E aos dois.

Talvez com um beijo nos lábios...
Não um malicioso debicar,
Um beijo como se deve dar,
Com calor e movimento;
Em câmara lenta,
Assinando com um sorriso
E um olhar profundo.

Porventura repetindo,
Vai-se refazendo o desfeito,
Numa espécie de conceito
Que se define
Sentindo.

Porque é de olhos fechados
Que melhor vejo o mundo;
E o beijo, mais profundo
No interior de ambos.

Grito 4º

Brisas mil,
Tornados e tempestades;
Controlados por inocência e saudade.

Pé-ante-pé,
Pela brisa da manhã,
Sussurramos histórias vizinhas
De odores, cantos e danças,
Que copiamos como crianças
Sendo amáveis intrépidos,
Sempre irrequietos;
De calmos a imparáveis

Filhos do vento,
Despreocupados com o tempo;
Nossa vida é longa,
Nosso Pai não dorme.