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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ermo

Cheio de raiva,
Cheio de nojo,
Cheio de tudo!

Não me chega o tempo,
Nem para respirar.
Quero o mundo.

Faço-o só meu
E de mais ninguem.
Dele toda a gente expulso.

Pelo calar da noite
Corro, vôo, fujo,
Escondo-me no beco mais escuro.

Um rasgo de luz
Corta o silencio,
Entra sem perguntar...

Leva-me para longe.
Num vôo que eu governo,
Escuta e faz-se escutar.