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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cão

Neblina densa
Revela o céu
Esconde os corpos.
Pelas noites,
Gélido asfalto
Pisa ao de leve.
Fareja a terra,
Gosto férreo,
Ignora os mortos.
Procura vida
Mera companhia,
Dormente cego.
Pobre Moribundo.
Pela morte,
Pela sua espero.
Mendigos dormitam
Em camas de cartão,
Na cidade de ferro.
Conveniente mensageiro,
Despojado de raça.
Cão de guarda, rafeiro.


Pela mesma regra
Cão de rua,
Cão de guerra.

3 comentários:

Anónimo disse...

sem palavras... vou ter de o ler mais vezes para o entender c/o deve de ser...
para já: sombrio(para variar...)e não tenho mais nada para dizer!

Sue disse...

Deveras original rafaEL ;)

Anónimo disse...

quando me falaste para reparar na matemática fiquei aflita pois não percebo muito de matemática com numeros e ainda percebo menos com letras...mas olhei com atenção e : falas no cão mas do lado direito é o homem, o sem abrigo?
ana